quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Rádio Gravador Philips 470


Definitivamente estou realmente velho...
Conheci esse rádio gravador Philips 470 no início de 1980.
Quando gravávamos uma fita cassete, tínhamos sempre o problema com o final da música e término da fita cassete.
Havia aquele corte imediato interrompendo a música. Desagradável!
Esse aparelho, bem moderno na época, possuia um recurso através de uma tecla deslizante, que abaixava o som da música no final da fita já gravada. Para um equipamento caseiro era o máximo na época.
Apesar de seu som ser mono, com uma boa amplificação, tinha uma boa qualidade. 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Medidas de Potência: RMS x PMPO


Medidas de Potência: 



RMS x PMPO



"Potência PMPO é estipulada pelo departamento de marketing
e não pelo departamento técnico. É uma potência inventada"


Lendo a frase acima já poderíamos encerrar o assunto por aqui mesmo... mas vamos tentar entender o que acontece no Brasil onde os consumidores, na grande maioria leigos no assunto, são forçados a crer nesta ilusão de potência PMPO.

Existem inúmeras "maneiras" de se medir a potência de um equipamento de som, pelo menos, três siglas são bem conhecidas no mercado de áudio: RMS, IHF e PMPO.

As Medidas de Potência:

RMS ou potência contínua, potência efetiva. Mundialmente aceita como 'medida de potência padrão' para equipamentos de som. É a potência REAL do aparelho.
IHF ou potência dinâmica, potência musical. Padrão muito utilizado na década de 70, atualmente em desuso. A potência IHF costuma ser 35% a 50% maior que a potência RMS. (Ex: 70W RMS = 100W IHF)
PMPO ou potência de saída de pico musical (em inglês, Peak Music Power Output). Não é considerado um padrão e não merece credibilidade alguma por não ser uma forma confiável de medição de potência.

Nas duas primeiras medidas de potência (RMS e IHF) existem entidades sérias, de renome internacional envolvidas na padronização das medições onde os testes são feitos de acordo com critérios técnicos rigorosos que simulam o funcionamento do equipamento de som em condições normais de uso.

Na medida PMPO não existe um critério e sequer existe um órgão ou entidade que regulamente tal medida de potência, visto a tamanha discrepância de valores obtidos por cada fabricante, pois cada um cria a sua própria "metodologia" de medição. Assim sendo, cada fabricante encontra um fator de conversão* e diz que a "sua" potência PMPO equivale a 2x a RMS, outros dizem que vale 5x, outros 10x, 20x a potência RMS, etc.

*Lembre-se que não existe fórmula matemática para converter um valor de potência PMPO para RMS e vice-versa!

Ou seja, como lemos no início desta página, a medida PMPO parece ter sido criada para satisfazer o departamento de marketing do fabricante, que pode escrever o que bem quiser no manual do produto, pois o papel aceita tudo.

Em diversos países do mundo é proibida a comercialização de equipamentos cujas especificações de potência estejam expressas em PMPO.

No Brasil ainda não há uma legislação definindo um padrão para medição de potência em equipamentos de som e os fabricantes (ou montadores) utilizam a medida PMPO para promoverem seus produtos a fim de impressionar o consumidor com números inflacionados e irreais de potência. Ao fazerem isto, estes fabricantes estão menosprezando os consumidores e, de quebra, pensam que todos eles têm uma bola vermelha no nariz... para engolir esta palhaçada de potência PMPO!

Imagina-se que, fabricantes sérios deveriam dar maior atenção às especificações técnicas do seu aparelho, divulgando a potência real por canal expressa em Watts RMS, a impedância e a faixa de freqüência em que foi conseguida tal potência, o nível de distorção máximo (DHT), o consumo de energia total do aparelho, etc.

No caso inverso, dos fabricantes menos sérios ou para os equipamentos de baixa qualidade (low-end/de entrada), as especificações sempre parecem ser mais generosas após aplicarem o "milagre da multiplicação dos Watts" no departamento de marketing, com números de potência expressos logicamente com a famigerada sigla PMPO.

Fica difícil acreditar num mini-system ou som portátil (de plástico, levinho, destes que duram 1 ou 2 anos no máximo) que tal aparelho consiga produzir potências maiores que 40 ou 50W RMS.

Um fabricante sério com um bom aparelho de som não precisa mentir sobre a sua potência real mesmo quando ela é de "apenas" 20W RMS por canal. Já um fabricante (que não leva o consumidor a sério) e coloca no mercado um aparelho fajuto com seus surpreendentes 200W, 600W ou até 2.000W PMPO, este sim precisa impressionar o consumidor na hora da compra com números fictícios de "elevada" potência estampados na caixa do produto para compensar um desempenho pífio do aparelho frente aos produtos da concorrência.

Curiosidades:

Para se ter uma idéia do que são 2.000 Watts (reais), podemos sonorizar um salão de festas, um pequeno teatro ou uma casa noturna com este nível de potência. Algo improvável de se fazer com um mini-system...
Logo, alegar que um aparelho deste porte produza "2.000 watts" é um verdadeiro absurdo.

Um bom amplificador de potência com 150W ou 200W RMS por canal pesa em média uns 20 ou 25 Kg e consome cerca de 500 ou 600 Watts de energia quando utilizado a plena potência.

Para a maioria das pessoas, 50W RMS "reais" por canal já será suficiente para sonorizar um ambiente de até 12m2 (tamanho de um quarto ou sala).


A situação se torna mais fácil de entender quando colocamos dois aparelhos lado a lado para comparação direta do som. Nossos ouvidos não falham, eles nos dirão qual é o equipamento de melhor qualidade, qual produz maior pressão sonora (som mais alto, vulgarmente falando). Não se espante caso você encontre aparelhos menores e com apenas 20W RMS "tocando mais alto e melhor" que aquele outro aparelho de som tipo carro-alegórico-cheio-de-luzinhas-piscando que dizia ter 600W PMPO.
Não é a toa que o significado da sigla P.M.P.O. já é conhecida pelos audiófilos como "Potência Máxima Para Otários".

Outro detalhe curioso e de fácil constatação é o consumo de energia do aparelho (normalmente esta informação vem escrita na parte de trás do produto, gravado numa etiqueta próxima à entrada do cabo de força). Compare o consumo com a potência de saída do aparelho. Em resumo, sem entrar na linguagem técnica, o que um amplificador faz nada mais é que transformar energia elétrica em som. Um amplificador não "produz" energia, apenas a transforma em potência sonora - e com perdas significativas durante este processo - o que nos diz o seguinte, falando a grosso modo: Um amplificador SEMPRE deverá consumir mais energia do que a potência fornecida para as caixas de som.

Exemplo 1: Amplificador multicanal
Potência de saída: 5x 50W RMS (total = 250W)
Energia consumida: 480W
Em resumo: "Entrou" 480W de energia e "saiu" 250W de som.

Exemplo 2: Mini-System
Potência de saída: 2x 60W RMS (total = 120W)
Energia consumida: 230W
Em resumo: "Entrou" 230W de energia e "saiu" 120W de som.

Nunca poderá ser ao contrário. Um equipamento de som não pode consumir 200W e fornecer 450W RMS contínuos para todas as caixas acústicas ("entrar" 200W e "sair" 450W...). Para o espanto geral, quase todos os micro-systems e aparelhos de som vendidos no país usam esta fórmula mágica! Ou são misteriosas "usinas de energia", ou alguém pode estar faltando com a verdade. Será que estão querendo lhe passar a perna e vender gato por lebre? Olho vivo! Ou melhor, ouvido vivo!

Receiver Yamaha R 100

Belo receiver Yamaha R 100.
Esse aqui é idêntico ao meu, na versão preta (o meu é aço escovado prata).
Encontrei na internet sendo vendido a U$ 160 no E-bay. 



Os leds do meu na sintonia das emissoras de rádio são verdes.
Nesse aqui são vermelhos. 

Volume para em ordem decrescente de valores.

Bastante prático e funcional a fixação dos fios das caixas acústicas.


São 410 watts de consumo de energia elétrica que se transformam na potência de 120 watts RMS de som por canal. Tem um grave de respeito.







... achei na versão (cor) que tenho... postando aqui em 19/19/2015